Fedora 15

Fedora 15 chega à versão final e traz novidades no visual e também em suas ferramentas. Confira!


Fedora 15 vem aí! Confira a versão Beta!
O Fedora 15 finalmente chega à versão final, e traz dezenas de mudanças para os usuários. Da interface gráfica às suas funcionalidades, a distribuição não decepcionou a comunidade Linux, a qual aguardava ansiosamente pelas últimas novidades.
A maioria das funcionalidades e ferramentas disponíveis nas versões Beta foram confirmadas. GNOME 3.0, LibreOffice, systemd e uma versão mais atual do kernel são apenas algumas das novidades que o Fedora 15 traz.

Como tudo começou

O Projeto Fedora foi criado em 2003, logo após o anúncio feito pela Red Hat sobre a descontinuação de um de seus sistemas mais famosos, o Red Hat Linux. Desde então, o desenvolvimento da distro foi continuado pelo projeto, que conta com voluntários espalhados pelo mundo todo e apoio da própria Red Hat.
Uma das maiores vantagens no uso do Fedora é que ele é um software livre e gratuito. Isso significa que você pode utilizá-lo, repassar para outros usuários e até mesmo auxiliar a equipe de desenvolvimento a melhorar o sistema, com sugestões, testando em busca de bugs e com a criação e adaptação de novas funções, por exemplo.

Mudanças no modo gráfico

Essa é, provavelmente, a área em que estão as mudanças mais perceptíveis para o usuário final. Afinal, basta uma olhadela na área de trabalho para começar a perceber que muitas mudanças aconteceram desde a última versão.

GNOME 3

GNOME 3 no Fedora 14 Beta
Para começar, o Projeto Fedora foi um dos que adotaram a nova versão do ambiente gráfico GNOME. Porém, diferentemente do Ubuntu 11.04, a distro não resolveu deixar de lado o novo GNOME Shell, adotando-o em sua totalidade. As mudanças são enormes. Basicamente, o GNOME teve o visual todo remodelado, o que implica em novas formas de interação do usuário com o desktop.
No canto superior esquerdo, o usuário encontra o botão para acessar todas as aplicações instaladas na máquina. Caso o ícone do programa desejado não esteja visível, você pode fazer uma busca por ele, digitando o nome do aplicativo, de maneira similar ao Spotlight, do Mac OS X.
Abaixo desse botão está o dock, que permite que você gerencie as aplicações abertas, bem como configure quais programas devem permanecer ali, para facilitar o acesso. Essa é mais uma função que possui uma contraparte no sistema da Maçã. Porém, no caso do GNOME, ela foi implementada com suas próprias características, distinguindo-a de sua “prima distante”.
O GNOME 3 exige uma placa 3D para funcionar bem
Além do Painel de controle, que fornece ao usuário uma maneira mais prática de fazer ajustes no sistema, o GNOME Shell também provê a possibilidade de ser operado por meio do teclado, dispensando assim o uso do mouse. Obviamente, essa é uma função secundária, mas que pode ser útil para quem possui problemas de coordenação motora ou, até mesmo, um mouse com defeito.
Porém, tanta novidade tem um preço: o GNOME 3 exige uma placa de vídeo com aceleração 3D para funcionar corretamente. O Fedora 15 suporta uma grande variedade de placas por meio de drivers de código aberto, incluindo as fabricadas pela NVIDIA, AMD e Intel. Caso o sistema não consiga reconhecer uma placa de vídeo 3D instalada, uma versão simplificada do desktop será habilitada, permitindo que, mesmo assim, o usuário possa experimentar o novo sistema.

Outros softwares

LibreOffice estreia no Fedora 15
Quem não podia faltar nessa seleção de programas é o Mozilla Firefox 4, que chega com novo visual e melhorias no quesito desempenho. Além disso, o browser também conta aperfeiçoamentos no gerenciamento de extensões, controle de senhas, proteção ao histórico de navegação e a possibilidade de sincronizar os seus favoritos com a nuvem.
O OpenOffice foi substituído pelo LibreOffice. As mudanças não são significantivas, mas o usuário pode continuar a usar os já conhecidos softwares da suíte: o processador de textos Writer, a planilha eletrônica Calc, o software de apresentações Impress e o Draw, para desenhos vetoriais.
Uma nova ferramenta de pesquisas também foi incorporada à distribuição. A Recoll é capaz de realizar buscas em formatos mais comuns de documentos, mesmo que estejam em arquivos comprimidos ou na forma de anexos em mensagens de email.

Jogos

Alien Arena, um dos destaques do Fedora 15
Quem disse que o Linux não tem jogos? Se depender do Fedora 15, diversão é o que não faltará para os usuários. São pelo menos nove games que vão desde tiros em primeira pessoa (FPS) até corridas de kart disputadas por Tux e sua turma.  Destacam-se, no rol de jogos inclusos na distribuição, os títulos Alien Arena, Colossus Arena, F.L.A.W., Freeciv, FreeCol, FreeDink, gbrainy, supertuxkart e zaz.

Para os administradores de sistema

É claro que o Projeto Fedora não deixaria de lado um dos públicos mais interessados na distribuição. Os administradores de sistema também ganharam mais estabilidade e segurança com as novas versões de softwares essenciais para o bom funcionamento do SO.

Para começar, o kernel Linux utilizado na distro é o 2.6.38, que possui um melhor gerenciamento de recursos em situações de stress ou de uso sobrecarregado de processamento e memória.
SysVinit e Upstart foram substituídos pelo systemd, que agora passa a ser o system daemon da distribuição. Com código escrito do zero, o systemd faz com que o Fedora 15 tenha um boot mais rápido, especialmente quando instalado em um SSD.
Algumas mudanças também ocorreram na estrutura de diretórios. Agora, “/var/run” e “/var/lock” são links que referenciam para os novos /run e /run/lock. Essa é uma mudança que parece ainda estar longe de consenso na comunidade Linux, mas o Fedora sai na frente liderando o novo rumo.
GNOME 3 sem aceleração 3D
Pacotes de servidores também foram atualizados. A distribuição inclui o Apache 2.2.17, Drupal6, MySQL 5.5.10, PostgreSQL 9.0.3, além dos softwares destinados a virtualização, como o Boxgrinder, suporte para Spice no virt-manager e inúmeras melhorias na libvirt. O servidor gráfico Xorg foi atualizado para a versão 1.10 e inúmeros avanços foram feitos no quesito de suporte a hardware.

Mais segurança

Antes era necessário reiniciar o daemon do firewall (FirewallD) a cada mudança, mesmo que mínima. Agora, elas podem ser feitas dinamicamente, ou seja, sem a interrupção dos serviços para as suas efetivações. Por enquanto, o daemon possui suporte para iptables, ip6tables e ebtables. Um ícone exibido na bandeja do sistema permite que o usuário habilite ou desabilite o serviço e confira o seu status.
Outra novidade é o conceito de um grupo administrador, permitindo que os usuários cadastrados a ele possam executar o comando sudo com os seus respectivos passwords, autorizar a execução de tarefas e ferramentas administrativas, também por meio de suas próprias senhas.

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